10 de jun. de 2009

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Investimento em trainee é arma estratégica para empresas

Assim como o empregado, o trainee deve ter a carteira de trabalho devidamente assinada e os mesmo direitos assegurados
Luciana Sarmento


O programa de trainee mais antigo conhecido no mercado é o da Unilever, criado em 1964. Mas o treinamento para recém-formados explodiu mesmo na década de 90. Desde então, a concorrência para essas vagas só tem crescido, superando muitas vezes a relação candidato/vaga dos vestibulares mais concorridos do país. Um exemplo disto é a C&A, que possui um dos programas mais concorrido do mercado. No processo seletivo realizado no primeiro semestre deste ano, a empresa contou com 1500 inscritos para 25 vagas. Com relação de 600 candidatos por vaga, a disputa foi cinco vezes maior que a do vestibular de medicina da UNESP, o curso mais concorrido deste ano na universidade.
O trainee é um tipo de cargo dentro da empresa para o jovem que concluiu o ensino superior nos últimos dois anos. Pela lei, ele é um empregado como outro qualquer e deve ter a carteira de trabalho devidamente assinada e os mesmo direitos previstos para todo trabalhador. Então, qual é a diferença dele para os outros funcionários? Para começar, o trainee faz parte de um programa de formação que o prepara para atingir um cargo de gerência dentro da empresa.
Durante esse processo, ele passa por vários setores e recebe um treinamento específico, participando de cursos e palestras. Além de ser preparado para se tornar um líder dentro da empresa, este jovem profissional recebe salário e benefícios superiores aos demais funcionários. Sua remuneração pode variar de 4 a 5 mil reais. Os programas duram de um a três anos. Os mais curtos formam o trainee para assumir uma posição gerencial, e os mais longos, para analista sênior. Ao realizar programas de trainee, as empresas buscam formar um pool de jovens talentosos preparados para assumirem altas posições no futuro. Não é raro ver presidentes de grandes empresas que começaram sua carreira assim. É o caso, por exemplo, de Vinícius Prianti, ex-presidente da Unilever. Na C&A, onde o processo seletivo para recém-formados chega a sua 54ª edição, 70% dos diretores ingressaram na empresa da mesma forma. “O que as empresas têm buscado no trainee é comprometimento. Eles querem saber qual é o plano de vida desses jovens. Querem que ele permaneça, no mínimo, 10 anos nela”, explica Sofia Esteves, presidente do grupo DMRH.

Fonte:http://www.abril.com.br/noticias/educacao/investimento-trainee-arma-estrategica-empresas-410637.shtml

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